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Powell, da Fed, diz este ano não há cortes nas taxas, mercados ouvem-no de forma diferente

O Presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, teve uma mensagem clara na quarta-feira: por muito "gratificante" que seja que a inflação tenha começado a abrandar, o banco central não está perto de inverter o rumo ou declarar vitória.

"Vai demorar algum tempo" para que a desinflação se espalhe pela economia, disse Powell, numa conferência de imprensa, após o último aumento da taxa de juro da Reserva Federal. Disse que espera ainda algumas subidas de taxas, e, "dadas as nossas perspectivas, não nos vejo a reduzir as taxas este ano".

Os investidores ignoraram-no, mantendo as apostas em apenas mais uma subida de taxas pela frente e apostando ainda mais que as taxas serão mais baixas no final do ano do que são agora.

Não é óbvio qual será a opinião correcta: nem a Fed nem os mercados têm grandes antecedentes de previsão desde que a actual ronda de subida de taxas do banco central começou em Março.

Os mercados têm tido repetidamente de eliminar as apostas relativas a uma mudança rápida, empurrando essas expectativas para mais longe, uma vez que o banco central avançou com o aperto de política mais agressivo dos últimos 40 anos.

Por seu lado, os decisores de política da Fed, em cada trimestre por todo o último ano, continuaram a aumentar as suas próprias estimativas quanto ao aumento das taxas de juro, uma vez que a inflação se revelou mais forte e mais rígida que o previsto. Nem uma única vez indicaram que as taxas seriam reduzidas este ano.

Texto integral em inglês:

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