Morning Call - 09/12/2025 - Nvidia e AMD Sobem com Trump

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Agenda de Indicadores:
10:15 – USA – Variação Semanal de Empregos Privados ADP
12:00 – USA – Ofertas de Empregos JOLTS
14:00 – USA – Relatório WASDE
15:00 – USA – Leilão de T-Note de 10 anos


Brasil

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Acompanhe o Pré-Market de NY: EWZ VALE PBR ITUB BBD BSBR

Ativos brasileiros negociados na ActivTrades BRA50 MINDOLF2026

Eleições 2026: Flávio Bolsonaro não obteve o apoio desejado dos partidos de centro — nem para avançar com a pauta de anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, nem para viabilizar sua própria candidatura ao Planalto. Após a resistência, o senador mudou o tom: declarou que “sua candidatura não está à venda”, afirmou que “o sobrenome Bolsonaro é uma vantagem sobre Tarcísio” e classificou-se como uma “luz no fim do túnel” para o núcleo bolsonarista, numa tentativa de recuperar protagonismo dentro do grupo.

Fiscal: O PL do Devedor Contumaz deve ser votado hoje e amanhã na Câmara. A proposta mira contribuintes que utilizam a inadimplência fiscal como estratégia permanente de negócio. Pelo texto, será considerado devedor contumaz quem tiver dívida injustificada superior a R$ 15 milhões e equivalente a mais de 100% do patrimônio conhecido, permitindo ao governo aplicar medidas mais rígidas de cobrança.

Ônibus de Graça: O presidente Lula solicitou ao Ministério da Fazenda que acelere os cálculos do programa Tarifa Zero, que prevê transporte público urbano gratuito. A intenção do governo é anunciar o plano já em 2026, ano eleitoral, caso a iniciativa seja considerada fiscalmente viável.


Estados Unidos

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Os futuros das ações de Nova York — USA500, USATEC, USAIND e USARUS — operam próximos da estabilidade, enquanto os mercados aguardam a decisão do Federal Reserve nesta quarta-feira. A expectativa é de um corte de 25 pontos-base, mas a votação deve ser uma das mais divididas dos últimos anos.

Os contratos futuros de Fed Funds atribuem cerca de 89% de probabilidade à redução, que levaria a taxa básica do intervalo atual de 3,75% a 4,00% para um nível menor. A projeção de que o colegiado pode se dividir entre sete votos a favor e cinco contra adiciona tensão ao evento, reforçando a visão de que o ciclo de 2026 pode avançar de forma mais cautelosa.

Daniela Hathorn, da Capital.com, resume o clima: “A um dia de um evento tão importante, é comum surgir indecisão e uma postura de esperar para ver o que acontece.”

Na agenda macroeconômica desta terça-feira, os investidores acompanham o relatório de vagas abertas JOLTS e a pesquisa de criação de empregos da ADP, mas a leitura é de que esses dados dificilmente alterarão as apostas para a reunião do Fed.

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No noticiário geopolítico e tecnológico, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem que o país permitirá a exportação para a China dos processadores H200 da Nvidia NVDA — os segundos mais potentes da empresa — mediante uma tarifa de 25%. Chipsets da AMD AMD e Intel INTC também devem ser autorizados em breve.

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No front corporativo, a temporada de balanços ganha tração esta semana e promete testar o apetite dos investidores por tecnologia e varejo:
Oracle ORCL e Broadcom AVGO devem oferecer um termômetro da demanda por soluções de inteligência artificial.
Costco COST apresentará resultados que ajudarão a medir a resiliência do consumidor americano.


Europa

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As ações europeias — GER40, GERMID50, EURO50, FRA40, ESP35, UK100, ITA40 e SWI20 — operam sem direção definida nesta terça-feira, em um pregão marcado pela cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, que será anunciada amanhã.

O destaque positivo do dia fica com o setor de defesa, que lidera os ganhos com altas entre 4% e 6%, após reportagem da Bloomberg apontar que parlamentares alemães devem aprovar, na próxima semana, contratos recordes de aquisição no valor de 52 bilhões de euros, impulsionando expectativas de forte demanda na indústria militar.

No campo da política monetária, Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu, afirmou ontem que o próximo movimento do BCE poderá ser uma alta de juros, sinalizando uma possível divergência em relação ao caminho esperado para o Fed. As declarações hawkish pressionaram os mercados de renda fixa: os rendimentos dos títulos de 10 anos da zona do euro subiram para o nível mais alto em vários meses, enquanto os Bunds de 30 anos atingiram a maior taxa em mais de 14 anos.

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Entre os destaques corporativos, as ações da Thyssenkrupp 0O1C despencaram 9,5%, depois que o conglomerado alemão projetou um prejuízo líquido de até 800 milhões de euros em 2026, frustrando as expectativas dos investidores.


Ásia/Pacífico

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Ativos asiáticos negociados na ActivTrades: HKIND JP225 CHINAA50

Os mercados da Ásia-Pacífico recuaram nesta madrugada, com exceção do Nikkei, que conseguiu sustentar território positivo apoiado pelo desempenho das empresas de tecnologia. Das 225 companhias que compõem o índice, 116 avançaram, contra 109 quedas. Entre os destaques, as fabricantes de equipamentos para semicondutores Disco (+4,7%) e Tokyo Electron (+1,3%), além da produtora de sistemas de testes Lasertec (+3,6%).

Na China continental, os principais índices — Shenzhen 399001, China A50 XIN9 e Shanghai 000001 — encerraram em baixa moderada. Já o Hang Seng HSI caiu para a mínima de duas semanas, após a reunião de alto escalão do Politburo reduzir as expectativas do mercado de novos estímulos no curto prazo, mesmo com a fragilidade persistente do setor imobiliário.

O Politburo sinalizou que a China continuará a expandir a demanda interna e adotará políticas mais proativas em 2026. Porém, a ausência de medidas concretas desencorajou o mercado. Para Larry Hu, economista da Macquarie, o encontro “reforça que os formuladores de políticas estão confortáveis com a atual trajetória econômica e não sentem urgência em ampliar os estímulos”, especialmente após um 2025 melhor que o previsto, com exportações resilientes apesar da guerra comercial.

Entre os dados divulgados ontem, chamou atenção o superávit comercial, que ultrapassou US$ 1 trilhão pela primeira vez, impulsionado por um salto das exportações para Europa, Austrália e Sudeste Asiático, compensando o enfraquecimento das vendas para os EUA.

Na Austrália, o índice ASX XJO caiu moderadamente, enquanto os traders digeriam a decisão do RBA de manter os juros em 3,6%, como amplamente esperado. Segundo o banco central, “os riscos para a inflação se inclinaram para cima, mas será necessário mais tempo para avaliar a persistência das pressões inflacionárias”.

Nos demais mercados da região, Kospi KOSPI (Coreia do Sul) e TWSE 50 TW50 (Taiwan) recuaram 0,25% cada, acompanhando o clima de cautela global.

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